A QUESTÃO DO GRANDE TEMPO GEOLÓGICO E A EVIDÊNCIA CIENTÍFICA DE UMA CRIAÇÃO RECENTE

Ó 1999 Ariel A. Roth

Tradução: Flavio Reti

Revisão: Marcia Oliveira de Paula

RESUMO

Uma das diferenças mais cruciais entre o modelo criacionista e o modelo evolucionista é a questão sobre a quantidade de tempo para o desenvolvimento da vida na terra. A Evolução sugere bilhões de anos enquanto que a Criação propõe uma criação feita por Deus em seis dias, há alguns milhares de anos atrás. Alguns dados científicos desafiam o conceito de que a vida está em desenvolvimento na terra durante bilhões de anos . Seguem-se três exemplos:

  1. Ecossistemas Incompletos. Em várias camadas contendo fósseis pode-se encontrar boas evidências fósseis de animais, mas pouca ou nenhuma evidência de plantas. Como poderiam os animais sobreviver sem nutrição adequada durante os milhões de anos postulados? A separação feita pelas águas do dilúvio bíblico pode explicar a incongruência.
  2. Erosão Rápida dos Continentes. A taxa atual de erosão de nossos continentes é tão rápida que nós esperaríamos que eles fossem erodidos até o nível do mar em mais ou menos 10 milhões de anos. Mesmo após as correções feitas pelas práticas agrícolas do homem, a taxa é tão rápida que nossos continentes poderiam ter sido erodidos até ao nível do mar mais de 100 vezes (se eles pudessem ser renovados), em sua idade geológica postulada.
  3. Ausência de erosão nas lacunas entre as camadas sedimentares. Freqüentemente entre grandes camadas de rochas sedimentares há lacunas onde estão faltando, segundo a escala de tempo geológico padrão, marcas de centenas de milhões de anos de depósitos. Nestas lacunas, supõe-se que a camada imediatamente superior é milhões de anos mais jovem do que a camada imediatamente inferior. Se esses milhões de anos realmente ocorreram, por que não vemos a erosão irregular abundante da camada inferior, que é esperada após tais períodos tão longos de tempo? Os contatos entre as camadas nestes intervalos são geralmente planos, com pouca evidência de erosão. Esse fenômeno é tão comum que levanta uma significativa pergunta sobre as longas eras geológicas propostas na coluna geológica.

INTRODUÇÃO

Uma das maiores diferenças do modelo da criação descrito na Bíblia e a evolução é a questão de há quanto tempo existe vida na terra. O contraste é extremo. A Criação postula uma criação recente feita por Deus há alguns milhares de anos atrás, enquanto que a evolução propõe que a vida se desenvolveu gradualmente durante bilhões de anos. Esta diferença é uma das mais significativas e litigiosas questões entre os dois modelos.

A evolução precisa de todo tempo que puder reunir, mas mesmo as longas eras geológicas propostas são completamente inadequadas para os eventos altamente improváveis postulados. A criação recente de seis dias por Deus, como descrita na Bíblia, se levanta em frisante contraste com os bilhões de anos do desenvolvimento evolutivo gradual, como sugerido pelo registro fóssil. A criação por Deus não precisa de tempo. Os criacionistas propõem que os registros fósseis são, em grande medida, o resultado do grande dilúvio descrito na bíblia. Esse dilúvio harmoniza o registro fóssil com o relato da criação bíblica. Segue-se daí que a pergunta principal no relacionamento da ciência com a Bíblia é a quantidade de tempo envolvido no desenvolvimento das camadas geológicas e do registro fóssil que essas contém.

A argumentação tem sido extensa e freqüentemente inclui dados radiométricos propostos que sugerem longas eras. Em contraste, a interpretação geológica catastrófica mais recente sugere ações muito rápidas que se encaixam bem com o modelo bíblico de uma criação recente e um subsequente dilúvio global. Nessa apresentação discutirei três perguntas que desafiam os modelos que propõem que a coluna geológica está se desenvolvendo gradualmente há bilhões de anos1.

 

ECOSSISTEMAS INCOMPLETOS

Na cadeia alimentar básica, os animais necessitam de alimento de plantas que, por sua vez, obtém energia do sol. O registro fóssil propõe um problema quando ele dá evidência de animais sem a evidência correspondente de plantas suficientes para suprir sua alimentação. Os evolucionistas acreditam que as camadas geológicas se formaram durante centenas de milhões de anos. Se este é o caso, os organismos encontrados em qualquer nível significante deveriam representar sistemas ecológicos viáveis que fossem completos o suficiente para permitir a sobrevivência desses animais durante as longas eras postuladas. O que os animais comiam para sobreviver? No contexto do dilúvio bíblico recente, isto poderia ser evidência de que os animais foram transportados de seu habitat costumeiro e/ou as plantas foram transportadas de qualquer outro lugar, para formar, possivelmente, algumas de nossas grossas camadas de carvão.

A formação Morrison, que se estende por milhões de quilômetros quadrados na parte ocidental dos Estados Unidos, parece representar um vasto, embora incompleto, sistema ecológico. Ela é uma das mais ricas fontes de dinossauros fósseis do mundo. No entanto, as plantas são raras, especialmente onde os restos de dinossauros são encontrados.2 O que comiam esses animais gigantescos? O paleontólogo Theodore White, falando de uma perspectiva evolucionista, comenta que "Embora a planície de Morrison fosse uma área de acumulação de sedimentos razoavelmente rápida, não existem praticamente fósseis de plantas identificáveis"3. Em seguida ele mostra que, por comparação com elefantes, um dinossauro Apatossauro "consumiria 3,5 toneladas de forragem verde diariamente". Outros pesquisadores também comentaram sobre essa falta de plantas fósseis. Um deles afirma que a Morrison de Montana "é praticamente desprovida de fósseis de plantas na maior parte"4, e outros comentam que "é intrigante a inexistência de evidências de abundante vida vegetal na forma de camadas de carvão e argila organicamente rica, na maior parte da formação de Morrison."5 Com uma fonte de energia tão escassa, é de se admirar como os grandes dinossauros poderiam sobreviver durante os milhões de anos propostos em que a formação Morrison estava sendo depositada.

Alguns têm sugerido que a razão pela qual não encontramos plantas é que elas não foram preservadas como fósseis. Essa idéia não parece válida, uma vez que grande número de animais e poucas plantas foram bem preservadas. Talvez Morrison não fosse o local onde os dinossauros viveram. Ao contrário, poderia ser o local do sepultamento dos dinossauros, devido ao dilúvio, com plantas trazidas pelas águas do dilúvio e levadas a todo e qualquer lugar.

Uma situação semelhante é relatada com o dinossauro Protoceratops encontrado no deserto central de Gobi, na Mongólia. Esse dinossauro atinge o comprimento de 2 metros. Os pesquisadores, estudando vários aspectos desses depósitos cretáceos, concluem que "a abundância de um herbívoro incontestável e de uma rica fauna de vestígios fósseis (provavelmente tubos produzidos por insetos) refletem uma região de alta produtividade. A ausência de evidência de uma grande colonização por plantas é, portanto, anômala e confusa".6

Os dados do Arenito de Coconino, no sudoeste dos Estados Unidos, também são muito surpreendentes. O Arenito de Coconino é uma camada de um colorido claro vista perto da superfície do Grande Cânion no Arizona (Figura 1, logo acima da seta superior). Esta unidade, que tem em média 150 metros de espessura, se estende ao longo de milhares de quilômetros quadrados. Centenas de pegadas, provavelmente feitas por anfíbios e répteis, são encontradas na camada média de Coconino. No entanto, nenhuma planta parece estar presente. Além das pegadas, foram registrados apenas alguns tubos feitos por vermes e rastros de invertebrados.7 Se o Coconino foi depositado durante milhões de anos, como é postulado, que alimento estava disponível para os animais que deixaram essas pegadas ? Não há evidência da presença de alimento vegetal. Se uma simples pegada está bem preservada, também se esperaria encontrar muitas impressões ou pedaços de raízes, caules e folhas de plantas, se essas estivessem presentes.

Alguns grupos fósseis parecem ser ecossistemas completos e outros não. Como pode um modelo evolutivo de sedimentação lenta explicar esses agrupamentos fósseis incompletos que são encontrados? Considera-se que as formações de Morrison e de Coconino se formaram ao longo de 5 milhões de anos cada uma delas. Como os animais presentes em suas camadas sobreviveram sem um suprimento alimentar adequado? A deposição rápida, combinada com a separação de organismos pelas águas do dilúvio descrito na Bíblia, podem resolver o dilema.

EROSÃO DOS CONTINENTES

Até quando podem os continentes sobreviver aos efeitos persistentes da erosão? Cada rio tem sua bacia de drenagem, que é a área que coleta a chuva que, em grande parte, termina indo para o rio. Quando essa água de chuva corre, ela freqüentemente leva partículas (sedimentares) erodidas que eventualmente são levadas para os oceanos do mundo todo. Pela amostragem repetitiva de água dos rios na sua desembocadura, pode-se fazer estimativas da quantidade de sedimentos carregada e da taxa de erosão da bacia de drenagem. Essas estimativas têm sido feitas com um grande número de rios no mundo. Os cálculos mostram que muitos rios drenam os sedimentos de suas bacias com velocidades maiores que 100 mm a cada 1000 anos. Alguns são mais lentos, na faixa de 1 mm a cada 1000 anos, ao passo que alguns outros são mais rápidos, na faixa de 1350 mm a cada 1000 anos.8 Essas taxas podem, a princípio, parecer muito lentas, mas, se consideradas durante o tempo geológico padrão, nenhum continente ainda existiria. Essa inconsistência já são reconhecidas há muitos anos. Usando uma taxa de erosão média atual estimada em 61 mm a cada 1000 anos9, um bom número de geólogos concluem que a América do Norte já teria se nivelado em "meros 10 milhões de anos"10. Em outras palavras, diante da atual taxa de erosão, o continente norte-americano já teria sido erodido umas 250 vezes em 2,5 bilhões de anos. É claro que essa analogia não pode ser interpretada literalmente. Depois que os continentes foram erodidos uma vez, nada sobra para ser erodido novamente. Essa analogia, no entanto, nos permite fazer a pergunta: Por que os continentes da terra ainda estão por aqui se eles são tão velhos? Os continentes estão, em média, a 623 metros acima do nível do mar. Com a taxa extremamente lenta de 1mm a cada 1000 anos, os continentes já teriam se erodido até o nível do mar em 623 milhões de anos. Em um período mínimo de 2,5 bilhões de anos, que é a suposta idade dos continentes da terra, eles teriam sido erodidos, até o nível do mar, no mínimo 4 vezes. Mas eles ainda estão aqui, e alguns rios erodem 1350 vezes mais rápido. Ao se referir a essas taxas rápidas, o geólogo B.W. Sparks da Universidade de Cambridge comenta: "Algumas dessas taxas são obviamente surpreendentes: o rio Amarelo (Hwang-Ho) poderia aplainar uma área da altura média do Everest, em um período de 10 milhões de anos"11.

A discrepância é especialmente significativa quando se considera as cadeias de montanhas como as Caledônias na Europa ocidental e os Apalaches do leste da América do Norte, que são consideradas como tendo a idade de várias centenas de milhões de anos. Por que essas cadeias de montanhas ainda estão aqui hoje se elas são tão velhas?

As taxas de erosão são mais rápidas em montanhas mais altas e mais lentas nas regiões de menor relevo.12 Na Cadeia Hidrógrafos de Papua, verificou-se uma taxa de erosão de 80 mm a cada 1000 anos perto do nível do mar e 520 mm a cada 1000 anos na altitude de 975 m.13 Taxas de 920 mm a cada 1000 anos são registradas para a montanhas na região de fronteira entre o México e a Guatemala14, enquanto que no Himalaia se verificou uma taxa de 1000 mm a cada 1000 anos.15 Na região do monte Rainier, no estado de Washington, as taxas podem chegar a 8000 mm a cada 1000 anos16. Provavelmente, a taxa regional mais rápida registrada seja a de 19.000 mm a cada 1000 anos em um vulcão em Nova Guiné17.

Mais significante do que essas taxas altas é a taxa média total que reflete os efeitos prolongados nos continentes. Uma outra maneira de considerar as taxas de erosão está baseada em uma dúzia de estudos que estimam a velocidade com que os sedimentos dos continentes alcançam os oceanos. A maioria dos sedimentos dos continentes é levada aos oceanos pelos rios. Um pouco é levado pelo vento e pelas geleiras e também pela ação das ondas quando elas batem contra a costa continental. As estimativas mundiais são baseadas principalmente no total de sedimentos que os rios carregam ao adentrar no oceano. Os cálculos variam de 8 a 58 bilhões de toneladas cúbicas por ano (veja a Tabela 1). Muitas avaliações não levam em conta a carga do leito, que são os sedimentos que são arrancados do fundo do rio e levados, o que não é prontamente observado nos aparelhos de medição nas estações dos rios. Às vezes a carga do leito é estimada arbitrariamente em 10%, porque ela é muito difícil de ser medida.18 Os resultados registrados são provavelmente baixos, por causa dos raros eventos catastróficos durante os quais ocorre considerável aumento no transporte, o qual não é facilmente avaliado. A taxa média nos doze estudos registrados na Tabela 1 é 24.108 bilhões de toneladas métricas por ano. Com essa taxa, a altura média dos continentes do mundo (623 m) acima do nível do mar seria erodida mais ou menos em 9.6 milhões de anos19, um dado próximo dos 10 milhões de anos dados anteriormente para a América do Norte.

Sugere-se, freqüentemente, que as montanhas ainda existem porque elas estão constante sendo renovadas pelo soerguimento que vem de baixo20. Embora as montanhas estejam sendo elevadas, esse processo de soerguimento e erosão não poderia continuar por muito tempo sem destruir as camadas da coluna geológica nelas contidas. Apenas um episódio completo de soerguimento e erosão poderia eliminá-las. As taxas de erosão atuais rapidamente removeriam os sedimentos das cadeias de montanhas terrestres, bem como de qualquer outro lugar. No entanto estes sedimentos, novos ou velhos, estão ainda bem representados21. No contexto de longas eras geológicas e rápidas taxas de erosão, a renovação das montanhas por soerguimento não parece ser a solução.

 

 

 

 

TABELA 1 - Estimativa da taxa com que os sedimentos alcançam os oceanos

AUTOR (DATA)

MILHÕES DE TONELADAS MÉTRICAS POR ANO

Fournier (1960)

58.100

Gilluly (1955)

31.800

Holleman (1968)

18.300

Holmes (1965)

8.000

Jansen e Painter (1974)

26.700

Kuenen (1950)

32.500

Lopatin (1952)

12.700

McLennan (1993)

21.000

Milliman e Meade (1983)

15.500

Milliman e Syvitski (1992)

20.000

Pechinov (1959)

24.200

Schumm (1963)

20.500

 

Outras tentativas em conciliar as taxas de erosão médias atuais com o tempo geológico leva em conta o fato de que as atividades do homem, especialmente as práticas agrícolas, têm aumentado a taxa de erosão, tornando as taxas atuais anormalmente rápidas. Tal explicação pouco significa para solucionar a discrepância. Os estudos sugerem que as práticas agrícolas apenas dobraram as taxas de erosão global22. No entanto, este fator é significante. Eliminando as práticas agrícolas humanas, que poderiam ser menores no passado, os continentes teriam sido erodidos até o nível do mar mais ou menos em 20 milhões de anos ao invés de 10 milhões de anos. Mas isso não explica a presença dos continentes, que se supõem terem 2,5 bilhões de anos de existência, os quais, por analogia, sem a presença da agricultura, poderiam ter sido erodidos até o nível do mar 125 vezes nesse período de tempo.

Outros ainda propuseram que um clima mais seco no passado resultou em taxas de erosão mais lentas. No entanto, a vegetação exuberante evidente em partes significativas do registro fóssil indica, no mínimo, uma condição mais úmida no passado. Além disso, estimativas de precipitação global sugerem que, nos últimos 3 bilhões de anos, as condição eram variáveis mas, em média, ligeiramente mais úmidas que atualmente.23 Essas condições não sugerem que climas mais secos sejam uma resposta para a grande discrepância entre as taxas de erosão e as longas eras geológicas propostas para os continentes.

AS LACUNAS NAS CAMADAS SEDIMENTARES24

Quando se olha para grandes exposições de sedimentos aos lados de vales e cânions, geralmente não se dá conta de que partes significantes da coluna geológica estão freqüentemente faltando entre algumas das camadas. As partes que estão faltando não são notadas facilmente, a menos que se esteja bem familiarizado com a coluna geológica. Como ilustração, podemos representar uma série completa na coluna pelas letras do alfabeto. Se, em algum lugar, encontrarmos apenas a, d e e, podemos corretamente concluir que b e c estão faltando entre a e d. Nós saberíamos disso, porque as camadas b e c estão representadas em seu lugar correto em outra localidade. As camadas acima e abaixo das lacunas (isto é, a e d no nosso exemplo) estão freqüentemente em contato direto uma com a outra. De acordo com a escala de tempo geológico padrão, a quantidade de tempo que está ausente, representada numa lacuna, está baseada no longo tempo representado necessário para o desenvolvimento das camadas ausentes, tais como b e c no exemplo acima.

O Grande Cânion no Arizona (USA) é uma das grandes vitrinas geológicas do mundo. Porções significativas ausentes (hiatos ou lacunas) na coluna geológica são indicadas pelas setas na Figura 1. De cima para baixo, as lacunas representam aproximadamente 6, 14 e mais de 100 milhões de anos de camadas ausentes da escala de tempo geológico padrão. Os períodos Ordoviciano e Siluriano inteiros estão faltando na seta inferior. Sabe-se que esta lacuna existe porque os depósitos Ordoviciano e Siluriano estão presentes em outras partes do mundo. Num contexto evolutivo, estes depósitos exigiriam um longo tempo para sua formação e para a evolução dos organismos que constituem seus fósseis característicos. A determinação das partes que estão ausentes é feita principalmente pela comparação dos fósseis das camadas sedimentares com seqüências completas da coluna geológica.

Os geólogos há muito sabem dessas lacunas e normalmente os chamam de discordâncias, embora o termo seja usado de maneiras diferentes em diferentes países. Há vários tipos de discordâncias. Se a camada acima está em ângulo em relação à camada de baixo, o termo discordância angular é usado. Se elas estão geralmente paralelas mas com alguma evidência de erosão entre as camadas, o contato é às vezes chamado de disconformidade. E se a linha de contato não é visível ou se não há evidência de erosão, o contato é chamado de paraconformidade. Nessa discussão, estamos especialmente interessado nos dois últimos tipos.

A questão importante é: Por que não vemos um padrão irregular de erosão da camada inferior nessas lacunas se elas representam períodos de tempo tão longos? Muita erosão deveria ter ocorrido enquanto essa camada inferior esteve exposta, antes que a camada acima da lacuna se depositasse. O mínimo que deveríamos esperar, em circunstâncias normais, seria uma média regional de mais de 100 m de erosão, em apenas 4 milhões de anos25. O geólogo Ivo Lucchitta, que não é um criacionista, e que passou grande parte de sua vida estudando o Grande Cânion, sugere que "a maioria dos cortes do cânion ocorreram num período fenomenalmente curto de 4 a 5 milhões de anos"26. A ausência de erosão na camada inferior sugere pouco ou nenhum tempo nas lacunas. A Figura 2, A-D, mostra como padrões irregulares complicados se desenvolveriam ao longo das eras geológicas. No entanto, o padrão que observamos é mais semelhante ao das Figuras 1 e 2, E, com pouca ou nenhuma erosão. Deveria ser esperada alguma erosão devido à atividade diluviana, mas apenas raramente se encontram vales e cânions antigos entre as camadas sedimentares da terra.

A falta de erosão nestas lacunas sugere que as camadas sedimentares foram depositadas rapidamente durante o dilúvio bíblico. Se tivessem ocorrido longos períodos de tempo, nós deveríamos ver evidências de processos geológicos, durante este período, na superfície das camadas logo abaixo destas lacunas. Na superfície atual da terra, nas plataformas continentais e no fundo do mar, podemos ver com freqüência os efeitos do tempo, quando a erosão desgasta os continentes e forma irregularidades que podem ser vistas em gargantas, vales e cânions. Outros efeitos do tempo, tais como formação do solo, os efeitos climáticos e o crescimento de plantas deixam suas marcas, que também deveriam estar evidentes nestas lacunas. No entanto, as camadas logo abaixo destas lacunas são geralmente planas e não tocadas pela ação do tempo, sugerindo que estas representam pouco ou nenhum tempo. Se há milhões de anos entre essas camadas, por que os contatos entre estas supostas lacunas são tão planos em comparação com a superfície atual da terra? É difícil pensar que nada aconteceu nas superfícies destas lacunas, durante milhões de anos, em qualquer tipo de planeta que tivesse um padrão de clima normal o suficiente para manter a vida, como é evidenciado no registro fóssil.

Quando alguém se coloca nas bordas do Grande Cânion (Figura 1), de pronto se impressiona com a aparência muito paralela das camadas de rocha. Esse fenômeno contrasta grandemente com o perfil do cânion, que ilustra a irregularidade da erosão. Por que não se vêem aspectos semelhantes nas lacunas? Devido ao tempo postulado de existência destas lacunas, deveria haver certamente grandes espaços de tempo para a erosão ocorrer. As taxas médias de erosão atuais são tão rápidas que toda a coluna geológica poderia ter sido erodida muitas vezes27, durante as supostas longas eras do passado geológico. No entanto, na lacuna de mais de 100 milhões de anos (indicada pela seta inferior na Figura 1) só se observa uma erosão mínima, ou o contato às vezes aparece liso, ou ele é até invisível. Referindo-se a uma seção ao longo dessa lacuna, o geólogo Stanley Beus afirma: "Aqui a discordância, muito embora representando mais de 100 milhões de anos, dificilmente pode ser localizada"28. Na seta do meio (Figura 1), que representa uma suposta lacuna de 14 milhões de anos, a evidência é tão esparsa que a linha de contato "dificilmente pode ser determinada, tanto de curta quanto de longa distância".29 Se o tempo postulado tivesse ocorrido, deveria ser evidente uma abundância de erosões irregulares.

Ao longo da costa leste da Austrália estão excelentes exposições de jazidas de carvão. Entre as rochas de cobertura e a jazida Bulli Coal está uma lacuna de mais ou menos 5 milhões de anos30. Esta lacuna, que se estende bem além dos depósitos Bulli Coal, cobre ao redor de 90.000 km2 da região. Onde a Bulli Coal está presente, é especialmente difícil imaginar como a jazida de carvão, ou a vegetação que a produziu, permaneceu ali por 5 milhões de anos sem ser destruída.

Os Alpes Europeus são, em parte, um complexo de gigantescos deslizamentos e de camadas dobradas chamadas de "nappes". Entre as camadas com esses "nappes" há supostas lacunas que mostram a mesma ausência de erosão notada em qualquer outra parte. No vale de Rhône na Suíça estão exposições dramáticas dos "Morcles Nappe". Entre as camadas desse "nappe" está uma suposta lacuna de aproximadamente 45 milhões de anos (Cretáceo superior e mais acima). Entretanto, observa-se pouca erosão.

Alguns geólogos comentaram sobre a falta de evidência para essas mudanças geológicas esperadas nestas lacunas. Ao se referir a um tipo de lacuna chamado paraconformidades, Norman Newell, do Museu Americano de História Natural, em Nova York, comenta:

"Um aspecto marcante das paraconformidades em seqüência de rochas calcárias é uma falta geral de evidência de lixiviação da sub-superfície. Solos residuais e superfícies erodidas, que se poderiam ser esperados como resultado de longa exposição sub-aérea, estão faltando ou são irreconhecíveis".

Enquanto "especulando" sobre a origem desses contatos planos, o autor posteriormente afirma que "a origem das paraconformidades é incerta e eu certamente não tenho uma solução simples para este problema"31.

Numa publicação subsequente, Newell posteriormente comenta:

"Uma característica intrigante dos limites da terra e de muitos outros grandes limites bioestratográficos (limites entre assembléias fósseis diferentes) é a falta geral de evidência física de exposição sub-aérea. Traços de profunda lixiviação, desgaste, canalização e cascalhos residuais tendem a faltar, mesmo onde as rochas inferiores são calcários de sílex. Estes limites são paraconformidades que normalmente são identificáveis apenas por evidência (fóssil) paleontológica"32.

T.H. van Andel, da Universidade de Stanford, afirma:

"Fui muito influenciado, no princípio de minha carreira, por reconhecer que duas finas jazidas de carvão na Venezuela, separadas por 30 cm de argila cinzenta, e depositadas em um pântano costeiro, eram respectivamente do Paleoceno Inferior e do Eoceno Superior. Os afloramentos eram excelentes, mas, mesmo com uma inspeção muito detalhada, não foi possível determinar a posição precisa daquela lacuna de 15 milhões de anos"33.

Poderia bem ser o caso de que esse período de 15 milhões de anos nunca ocorreu.

A questão intrigante, relativa à falta de evidência de tempo nestas lacunas sedimentares tem levantado sugestões alternativas algumas vezes.34 Alguns apontam para áreas planas da terra, tal como a bacia do baixo Vale do Mississipi. No entanto, ela não é uma lacuna, porque os sedimentos ainda estão sendo depositados lá, e não há lacuna no registro fóssil se os sedimentos continuam a ser depositados. Outros sugerem que a erosão poderia ser evitada se os lacunas estivessem submersas. No entanto, o fato de estar submersa não evita nem a deposição e nem a erosão, como está bem demonstrado pela sedimentação submarina e a erosão irregular que formou os grandes cânions encontrados ao longo da borda das plataformas continentais. O Cânion de Monterrey, situado no oceano na costa da Califórnia, é mais ou menos tão profundo e tão largo como o Grande Cânion. Águas em movimento podem erodir, quer seja na terra ou debaixo d’água.

Alguns sugerem que as superfícies de contato destas lacunas poderiam ser planas devido a existência de camadas de rochas resistentes logo abaixo destas lacunas. Isso não é uma solução, porque sedimentos moles freqüentemente formam as camadas logo abaixo das lacunas. Um dos exemplos é o lacuna entre o Chinle e as formações moles de Moenkopi, que se localizam na parte ocidental dos Estados Unidos. Outros imaginam se a erosão não poderia produzir uma superfície lisa, mas não há boas evidências atuais para sustentar essa sugestão, certamente não de lacunas com escala de amplitude semi-continental, discutidas nesta seção. Ao se referir a tais exemplos, o geomorfologista Arthur Bloom simplesmente afirma: "Não se conhece nenhum".35 Alguns também imaginam se não há evidências de erosão nestas lacunas. Freqüentemente há uma pequena erosão, raramente mais do que isso, mas é totalmente inadequada para apoiar a extensão de tempo sugerida para estas lacunas. A erosão também é menor comparada ao que vemos normalmente na topografia atual da terra. Deveria se esperar alguma erosão durante o dilúvio mundial, mas o Monte Everest e o Grande Cânion do passado parecem conspicuosamente deixar a desejar quanto aos registros de um passado que é bem representado nas camadas sedimentares da terra. Certamente temos que reconhecer que a máxima "o presente é a chave do passado" não se aplica às lacunas onde se espera uma atividade rápida. O passado é definitivamente diferente.

A dificuldade com o longo tempo proposto para estas lacunas, no registro sedimentar, é que não encontramos evidência de deposição nem de muito erosão. Se há deposição, não há lacuna, porque a sedimentação continua. Se há erosão, deveria se esperar abundante formação de canais, formação de sulcos profundos pela água, cânions e vales; ainda mais, os contatos (lacunas), algumas vezes descritos como do "tamanho de continentes", são normalmente "quase planos" 36. É difícil conceber que pouco ou nada aconteceu, durante milhões de anos, na superfície do nosso planeta. Ao longo do tempo, sempre ocorrem deposição ou erosão. As intempéries teriam que ser suspensas para evitar qualquer atividade. As lacunas são uma ocorrência comum sobre a terra e parece que o tempo proposto para estas lacunas nunca ocorreu e, se está faltando tempo em algum lugar, ele está faltando na terra inteira.

A questão das supostas lacunas planas nas camadas sedimentares testifica de um passado que foi diferente do presente. Esta diferença é facilmente conciliada com modelos catastróficos, tais como o dilúvio de Gênesis, que propõe uma deposição rápida dessas camadas, onde não haveria tempo longo entre as camadas.

 

 

FIGURA 1. Vista do Grande Cânion do Rio Colorado, no Arizona, USA. As setas de cima para baixo apontam para 3 supostas lacunas (camadas que estão faltando) de aproximadamente 6, 14 e 100 milhões de anos. A ausência de erosão nestas lacunas sugere que nunca ocorreram os longos períodos de tempo postulados.

 

 

 

FIGURA 2. Padrões de deposição-erosão. A – padrão de deposição contínua. Os sedimentos são geralmente depositados em um padrão plano, horizontal, como mostrado. B – Erosão . C – Recomeço de sedimentação. A superfície de erosão antiga ainda é visível. Este padrão deveria ser comum nas camadas sedimentares terrestres em todos os lugares em que partes significativas da coluna geológica estão faltando. D – Um segundo ciclo de erosão e deposição complica ainda mais o padrão. E – O padrão mais normal visto geralmente. Em E, seria esperada uma erosão significativa entre as camadas 2 e 3 (lado esquerdo), se um tempo grande estivesse envolvido na deposição das camadas a e b, indicadas à direita.

CONCLUSÃO

Enquanto a interpretação geológica geral para a deposição das camadas sedimentares da terra é a de que bilhões de anos se passaram durante a sua formação, há algumas questões muito simples que desafiam esta interpretação. Podemos citar, entre muitas que poderiam ser dadas: (1) Como poderiam os animais sobreviver, durante milhões de anos, sem as plantas necessárias para sua nutrição adequada? (2) Por que nossos continentes ainda estão aqui se a taxa de erosão deveria tê-los nivelado mais de cem vezes em sua suposta idade geológica? (3) Se a escala de tempo geológica está correta, por que não vemos a esperada erosão nas grandes lacunas entre as camadas sedimentares? Essas questões desafiam qualquer sugestão para aceitação das longas eras geológicas.

 

 

NOTAS FINAIS

  1. O material apresentado neste documento é uma modificação de partes dos Capítulos 13 e 15 do livro do autor: Roth, AA. 1998. Origins: Linking Science and Scripture. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association. (Este livro está sendo traduzido e será publicado brevemente pela Casa Publicadora Brasileira)
  2. (a) Dodson P, Behrensmeyer AK, Bakker RT, McIntosh JS. 1980. Taphonomy and paleoecology of the dinosaur beds of the Jurassic Morrison Formation. Paleobiology 6(2):208-232. (b) Para uma discussão mais profunda, veja (b) Roth AA. 1994. Incomplete ecosystems. Origins 21:51-56.
  3. (a) White TE. 1964. The dinosaur quarry. In: Sabatka EF, editor. Guidebook to the geology and mineral resources of the Uinta Basin. Salt Lake City: Intermotmtain Association of Geologists, p 21-28. Veja também: (b) Herendeen PS, Crane PR, Ash S. 1994. Vegetation of the dinosaur world. In: Rosenberg GD, Wolberg DL, editors. Dino fest. The Paleontological Society Special Publication No. 7. Knoxville, TN: Department of Geological Sciences, The University of Tennessee, p 347-364; (c) Petersen LM, Roylance MM. 1982. Stratigraphy and depositional environments of the Upper Jurassic Morrison Formation near Capitol Reef National Park, Utah. Brigham Young University Geology Studies 29(2):1-12; (d) Peterson F, Turner-Peterson CE. 1987. The Morrison Formation of the Colorado Plateau: recent advances in sedimentology, stratigraphy, and paleotectonics. Hunteria 2(1): 1-18.
  4. Brown RW. 1946. Fossil plants and Jurassic-Cretaceous boundary in Montana and Alberta. American Association of Petroleum Geologists Bulletin 30:238-248.
  5. Dodson, Behrensmeyer, Bakker, and McIntosh. (Nota 2a).
  6. Fastovsky DE, Badamgarav D, Ishimoto H, Watabe M, Weishampel DB. 1997. The paleoenviroments of Tugrikin-Shireh (Gobi Desert, Mongolia) and aspects of the taphonomy and paleoecology of Protoceratops (Dinosauria: Ornithishichia). Palaios 12:59-70.
  7. (a) Middleton LT, Elliott DK, Morales M. 1990. Coconino Sandstone. In: Beus SS, Morales M, editors. Grand Canyon geology. NY and Oxford: Oxford University Press, p 183-202; (b) Spamer EE. 1984. Paleontology in the Grand Canyon of Arizona: 125 years of lessons and enigmas from the Late Precambrian to the present. The Delaware Valley Paleontological Society. The Mosasaur 2:45-128.
  8. Veja Tabela 15.1 em Roth, p 264 (Nota 1)
  9. Judson S, Ritter DF. 1964. Rates of regional denudation in the United States. Journal of Geophysical Research 69:3395-3401.
  10. (a) Dott RH, Jr., Batten RL. 1988. Evolution of the Earth. 4th ed. NY, St. Louis, and San Francisco: McGraw-Hill Book Co., p 155. Outros que usam este mesmo valor são: (b) Garrels RM, Mackenzie FT. 1971. Evolution of sedimentary rocks. NY: Norton & Co., p 114; (c) Gilluly J. 1955. Geologic contrasts between continents and ocean basins. In: Poldervaart A, editor. Crust of the Earth. Geological Society of America Special Paper 62:7-18; (d) Schumm SA. 1963. The disparity between present rates of denudation and orogeny. Shorter contributions to general geology. US Geological Survey Professional Paper 454-H.
  11. Sparks BW. 1986. Geomorphology. 3d ed. Beaver SH, editor. Geographies for advanced study. London and NY: Longman Group, p 510.
  12. (a) Ahnert F. 1970. Functional relationships between denudation, relief, and uplift in large mid-latitude drainage basins. American Journal of Science 268:243-263; (b) Bloom AL. 1971. The Papuan peneplain problem: a mathematical exercise. Geological Society of America Abstracts with Programs 3(7):507-508; (c) Schumm (Nota 10 d).
  13. Ruxton BP, McDougall I. 1967. Denudation rates in northeast Papua from potassium-argon dating of lavas. American Journal of Science 265:545-561.
  14. Corbel J. 1959. Vitesse de L'erosion. Zeitschrift für Geomorphologie 3:1-28.
  15. Menard HW. 1961. Some rates of regional erosion. Journal of Geology 69:154-161.
  16. Mills HH. 1976. Estimated erosion rates on Mount Rainier, Washington. Geology 4:401-406.
  17. Ollier CD, Brown MJF 1971. Erosion of a young volcano in New Guinea. Zeitschrift für Geomorphologie 15 12 28.
  18. (a) Blatt H, Middleton G, Murray R. 1980. Origin of sedimentary rocks. 2d ed. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, p 36; (b) Schumm (Nota 10 d).
  19. A área de superfície do continente americano é de aproximadamente 148.429.000 km2. Com uma altura média de 623 m, teríamos um volume acima do nível do mar de 92.471.269 km3. Com um densidade média das rochas estimada em 2,5, isto daria 231.178 x 1012 toneladas. Este valor, dividido por 24.108 x 106 toneladas de sedimentos, carregadas pelos rios do mundo para os oceanos em um ano, daria uma taxa média de erosão dos continentes de 9.582 milhões de anos. Por analogia comparada, em 2,5 bilhões de anos esta taxa poderia erodir os continentes (2500 dividido por 9.582 =) 261 vezes.
  20. Por exemplo: Blatt, Middleton, and Murray, p 18 (Nota 18a).
  21. There should not be much, if any, of the old sediments remaining. All sediments (including a large proportion now below sea level) would be eroded many times. Total world sediments are 2.4 x 1018 tons. Rivers before agriculture carried approximately 1 x 1010 tons yr-1; so average cycles would be: 2.4 x 10~8 tons divided by 10 x 109 tons yr-1, which would equal 240 million years or 10 full cycles of all sediments in 2500 million years. This is conservative; some suggest recycling "three to ten times since late Cambrian" ([a] Blatt, Middleton, and Murray, p 35-38; Note 18a). Furthermore, the residues of sediment per unit time are more abundant in some older periods (e.g., Silurian and Devonian) than more recent ones (Mississippian to Cretaceous) (see: [b] Raup DM. 1976. Species diversity in the Phanerozoic: an interpretation. Paleobiology 2:289-297). Because of this, some have suggested two cyclic series of changes in erosion rates in the Phanerozoic (e.g., [c] Gregor CB. 1970. Denudation of the continents. Nature 228:273-275). This pattern runs counter to suggestions that recycling is responsible for the smaller volume of older sediments. Also, our sedimentary basins tend to be smaller in their deeper regions which would, by default, restrict the volume of the lowest (oldest) sediments. One can also postulate that much more sediment than we now have has been produced in the past from granitic rocks, and that only a small portion remains. The sediments may have been recycled several times into granitic rocks. Probably the most serious problem this kind of model faces is the chemical mismatch between sediments and Earth's granitic crust. Granitic-type (igneous) rocks have an average of less than half as much calcium compared to sedimentary rocks, three times more sodium, and less than one hundredth as much carbon. For data and further discussion, see: (d) Garrels and Mackenzie, p 237, 243, 248 (Note 10b); (e) Mason B, Moore CB. 1982. Principles of geochemistry. 4th ed. NY, Chichester and Toronto: John Wiley & Sons, p 44, 152-153; (f) Pettijohn FJ. 1975. Sedimentary rocks. 3rd ed. NY, San Francisco, and London: Harper & Row, p 21-22; (g) Ronov AB, Yaroshevsky AA. 1969. Chemical composition of the Earth's crust. In: Hart PJ, editor. The Earth's crust and upper mantle: structure, dynamic processes, and their relation to deep-seated geological phenomena. American Geophysical Union, Geophysical Monograph 13:37-57; (h) Othman DB, White WM, Patchett J. 1989. The geochemistry of marine sediments, island and magma genesis, and crust-mantle recycling. Earth and Planetary Science Letters 94:1-21. Calculations based on an assumption of the origin of all sedimentary rocks from igneous rocks give results that are not correct. Those based on the actual measurement of sediment types should be used. It seems difficult to switch back and forth in recycling between granitic and sedimentary rocks with such a mismatch of these basic elements. One of the more serious problems is how to get limestone (calcium carbonate) from granitic rocks that are comparatively low in calcium and carbon. Furthermore, recycling of sediments within a localized region on the continents does not seem to answer the problem of rapid erosion, because the figures used for the calculations are based on the quantity of sediment going from the continents into the ocean and would exclude local recycling. Furthermore usually major sections of the geologic column are exposed and eroded in Earth's major river basins. This erosion occurs especially rapidly in the mountains which have an abundance of ancient sediments. Why are these ancient sediments still here if they have been recycled?
  22. (a) Gilluly J, Waters AC, Woodford AO. 1968. Principles of geology. 3d ed. San Francisco: W. H. Freeman & Co., p 79; (b) Judson S. 1968. Erosion of the land, or what's happening to our continents? American Scientist 56:356-374; (c) McLennan SM. 1993. Weathering and global denudation. Journal of Geology 101:295-303; (d) Milliman JD, Syvitskí JPM. 1992. Geomorphic/tectonic control of sediment discharge to the ocean: the importance of small mountainous rivers. Journal of Geology 100:525-544.
  23. Frakes LA. 1979. Climates throughout geologic time. Amsterdam, Oxford, and NY: Elsevier Scientific Publishing Co., Fig. 9-1, p 261.
  24. Para informações adicionais, veja: (a) Roth AA. 1988. Those gaps in the sedimentary layers. Origins 15:75-92. Veja também: (b) Austin SA, editor. 1994. Grand Canyon: monument to catastrophe. Santee, CA: Institute for Creation Research, p 42-45; (c) Price GM. 1923. The new geology. Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association, p 620-626; (d) Rehwinkel AM. 1951. The flood in the light of the Bible, geology, and archaeology. St. Louis: Concordia Publishing House, p 268-272.
  25. As taxas regionais médias atuais na América do Norte são mais de duas vezes mais rápidas do que o valor sugerido, e na região do Grande Cânion são mais de quatro vezes mais rápidas que o valor sugerido.
  26. Lucchitta I. 1984. Development of landscape in northwest Arizona: the country of plateaus and canyons. In: Smiley TL, Nations JD, Péwé TL, Schafer JP, editors, 1984 Landscapes of Arizona: the geological story. Lanham, MD, and Londo University Press of America, p 269-301.
  27. Veja a última seção para uma discussão sobre as taxas de erosão.
  28. Beus SS. 1990. Temple Butte Formation. In: Beus SS, Morales M, editors. Grand Canyon geology. NY and Oxford: Oxford University Press, p 107-117.
  29. Blakey RC. 1990. Supai Group and Hermit Formation. In: Beus and Morales, p 147-182 (Nota 28).
  30. Baseado na informação de: (a) Herbert C, Helby R, editors. 1980. A guide to the Sydney Basin. Department of Mineral Resources, Geological Survey of New South Wales Bulletin 26:511; (b) Pogson DJ, editor. 1972. Geological map of New South Wales, scale 1:1,000,000. Sydney: Geological Survey of New South Wales.
  31. Newell ND. 1967. Paraconformities. In Teichert C, Yochelson EL, editors. Essays in paleontology and stratigraphy. R. C. Moore commemorative volume. Department of Geology, University of Kansas Special Publication, p 356-357, 364.
  32. Newel ND. 1984. Mass extinction: unique or recurrent causes? In: Berggren WA, Van Couvering JA, editors. Catastrophes and Earth history: the new uniformitarianism. Princeton, NJ: Princeton University Press, p 115-127.
  33. van Andel TH. 1981. Consider the incompleteness of the geological record. Nature 294:397-398.
  34. Para uma discussão mais profunda destas alternativas, veja: Roth 1988 (Nota 24a).
  35. Bloom AL. 1969. The surface of the Earth. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, p 98.
  36. Ibid.