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Depende do que você entende por confiável. É comum ser capaz de conseguir datas que grosseiramente correspondem à escala de tempo evolutiva. A literatura publicada relata mais datas que correspondem a esta escala de tempo. Porém, também é comum conseguir datas que não se ajustam à escala de tempo evolutiva. A proporção exata de datas "corretas" para "não-corretas" é difícil de determinar a partir da literatura.

Dois fatores estão envolvidos. Primeiro, em uma dada rocha, por exemplo, pelo menos 4 datas podem ser obtidas: a rocha inteira, e três frações (baixa densidade, alta densidade magnética, e alta densidade não-magnética). Estas podem dar datas em que a mais velha tem uma idade acima de 4 vezes maior do que o mais novo, na mesma rocha (1).

Segundo, algumas datas não são relatadas, porque seus resultados não são "aceitáveis". Um estudo publicado mencionou que aproximadamente 85% da data proveniente de uma fonte não estava publicada (2).

References:

1. P. E. Damon, A. W. Laughlin, and J. K. Percious ("Problem of excess argon-40 in volcanic rocks." In: Radioactive Dating and Low-level counting. Vienna:IAEA, 1967, pp. 463-481) observam vários destes exemplos, incluindo um caso onde olivina numa lava recente (<13.000 anos) dá uma data de mais de 110 milhões de anos. Steven A. Austin (Excess argon within mineral concentrates from the new dacite lava dome at Mount St. Helens Volcano, Creation Ex Nihilo Tech J, 10:3 (1996), pp. 335-343 observa que a lava dos derrames recentes no Mount St. Helens apresentam datas de 340.000 anos a 2,8 milhões de anos, dependendo da fração da rocha.

2. J. F. Evernden, D. E. Savage, G. H. Curtis, and G. T. James ("Potassium-argon Dates and the Cenozoic Mammalian Chronology of North America." Am J Sci 1964; 262:145-198) relata à p. 174, "Infelizmente muitas das amostras que passaram pela inspeção de adequação de campo e foram trabalhosamente coletadas, mais tarde se demonstram inadequadas para datação. . . . Portanto de cerca de 65 amostras coletadas por M. Skinner, apenas 10 puderam ser usadas. Isto também foi verdade para tufos do tipo Clarendoniano enviado a nos por W. Chamberlain. H. A. Powers e D. Taylor também coletaram e trabalhosamente concentraram um grande número de espécimes que não puderam ser usados." Portanto 85% das amostras submetidas por Skinner não foram relatadas. Este não é um caso isolado. Pode-se argumentar que esta foi no início da história da datação por potássio-argônio, e que houveram avanços neste campo desde este artigo. Isto pode bem ser verdade. Entretando, este artigo foi considerado um clássico, e ainda é usado por alguns que crêem em longas eras para provar seu argumento. Também contém uma das maiores séries de datas independentes.

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Traduzido por Luiz Poubel em 29-12-98.

Revisado por Urias Echterhoff Takatohi em 05-03-2003

 

Ó 2010 Arthur V. Chadwick, Ph.D.